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ABA

A terapia com embasamento em Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, é uma das mais indicadas por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento de pessoas com desenvolvimento atípico, especialmente o autismo.

Muitas pessoas se referem à Análise do Comportamento Aplicada como um método de tratamento ou até um tipo de terapia. No entanto, a forma mais correta de definir essa área, composta de pressupostos filosóficos, conceitos e técnicas, é ciência da Análise do Comportamento ou, se preferir, ciência ABA.

As estratégias e técnicas usadas nas intervenções baseadas em ABA para o TEA têm como objetivo reduzir comportamentos prejudiciais para a pessoa e ensinar habilidades essenciais para seu desenvolvimento.

O que é terapia ABA?

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma ciência da aprendizagem que quando utilizada como embasemanto para o atendimento de pessoas com transtornos do desenvolvimento como, por exemplo, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), foca em promover o ensino de novas habilidades e redução de comportamentos prejudiciais para a pessoa, sendo que devem-se considerar prejudiciais aqueles comportamentos que colocam sua integridade física em risco.

Por meio desta ciência, propões-se uma análise dos comportamentos do indivíduo de forma a entender como e porquê os comportamentos ocorrem, quais as influências ambientais a eles relacionadas e assim, é possível traçar estratégias que permitam ensinar novas habilidades para este indivíduo. Vale pontuar que nesse processo, a individualidade de cada pessoa deve sempre ser respeitada.

Quem pode fazer terapia baseada em ABA?

Apesar da indicação da ciência ABA (erroneamente mais conhecida como terapia ABA), ser costumeiramente mais indicada para pessoas com desenvolvimento atípico, como no caso do autismo, seu referencial teórico e suas estratégias podem ser usadas para embasar o atendimento a inúmeras demandas profissionais.

De modo geral, podemos dizer que a aplicação dos fundamentos da ABA na psicologia é indicada para quaisquer demandas referentes a:

  • Saúde mental

  • Psicologia educacional

  • Psicologia hospitalar

  • Psicologia das organizações

  • Psicologia clínica para o público típico e atípico

 

Entre outros. No caso das terapias para pessoas com atraso no desenvolvimento, as estratégias da ABA têm resultados comprovados no que se refere ao aprendizado de habilidades e desenvolvimento de autonomia.

ABA: terapia no autismo

Os primeiros estudos envolvendo a terapia ABA (que na verdade é uma ciência) no tratamento de crianças com distúrbios do desenvolvimento foram realizados nos anos 1960. Tendo como objetivo a redução de comportamentos desafiadores e na aprendizagem, os resultados da pesquisa demonstraram que havia aumento no repertório comportamental.

Em 1987, o psicólogo clínico Ivar Lovaas publicou um novo estudo que apontava importantes ganhos com o uso dos princípios da ABA no ensino de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Dentre as 19 crianças que participaram do estudo, 47% haviam tido sucesso em se reintegrar em escolas regulares. Em contrapartida, apenas 2% tiveram o mesmo resultado com outras intervenções.

Desde então, milhares de estudos têm sido publicados ano após ano em centenas de revistas científicas renomadas, como por exemplo as americanas JABA (Journal os Applied Behavior Analysis) e o JEAB (Journal of the Experimental Analysis of Behavior) ou as brasileiras REBAC (Revista Brasileira de Análise do Comportamento) e Perspectivas (Perspectivas em Analise do Comportamento). Todos esses estudos, nestes e em outros periódicos, vêm destrinchando os mais diversos aspectos que compõem as variadas intervenções baseadas em ABA para demostrar suas efetividades.

Como funcionam as intervenções baseadas em ABA?

Para iniciar as intervenções precoces baseadas em ABA, é preciso fazer uma avaliação individual daquela pessoa que vai recebê-la e, a partir daí, definir quais serão os objetivos da intervenção e definir as técnicas e estratégias necessárias para o alcance desses objetivos.

Algumas das características essenciais que compõem as intervenções com ABA são:

1. deve focar no ensino de habilidades socialmente relevantes
2. deve focar também na promoção de generalização dessas habilidades, ou seja, que elas sejam postas em prática no mundo real do paciente para além do contexto clínico
3. deve ter objetivos comportamentais pré-estabelecidos que sejam bem descritos e observáveis.
4. deve ser passível de registro da evolução do paciente de forma mensurável.

Quem pode aplicar a terapia ABA?

O tratamento do autismo por meio da ABA é multidisciplinar e os profissionais que normalmente compõem a equipe são:

  • Psicólogos

  • Fonoaudiólogos

  • Terapeuta ocupacional

  • Pedagogos

  • Fisioterapeuta

  • Educador físico

A configuração desta equipe pode mudar conforme as necessidades de aprendizagem de cada pessoa.

Durante quantas horas por semana a ABA deve ser aplicada?

Muitos pais se preocupam ao lerem na internet que uma intervenção baseada em ABA de sucesso exige, no mínimo, 20, 30 e até 40 horas semanais. Vale então pontuar que, apesar haver centenas estudos que mostram que um volume intensivo de horas produz sim ganhos importantes, não se pode deixar de lado que o volume de horas de intervenção não pode, jamais, produzir exaustão ou até mesmo burnout na criança. Deve-se sempre bucar o equilíbrio saudável entre terapia e outras atividades da rotina.

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